O Prêmio Pulitzer é um dos mais prestigiosos reconhecimentos no campo do jornalismo, literatura e música nos Estados Unidos.

    Estabelecido em 1917, foi financiado pelo magnata da imprensa Joseph Pulitzer, que deixou uma generosa doação em seu testamento para a Universidade de Columbia, na cidade de Nova York, com o objetivo de criar uma premiação que celebrasse o melhor do jornalismo e da literatura.

    Ao longo dos anos, o Prêmio Pulitzer se tornou um símbolo de excelência, reconhecendo e honrando o trabalho excepcional de jornalistas, escritores, compositores e artistas. A cada ano, um júri composto por profissionais em seus respectivos campos revisa milhares de inscrições e seleciona os vencedores em 21 categorias diferentes, incluindo reportagem investigativa, fotografia, ficção, poesia, música e teatro.

    Ao longo dos anos, o Prêmio Pulitzer tem sido atribuído a alguns dos maiores talentos e obras-primas de seus respectivos campos. Autores como Ernest Hemingway, Harper Lee, Toni Morrison e Colson Whitehead foram agraciados com o prêmio de Ficção, enquanto jornalistas como Bob Woodward, Carl Bernstein e Seymour Hersh foram reconhecidos por seu trabalho investigativo.

    Conheça 21 livros ganhadores do Prêmio Pulitzer:

    Claro, aqui está uma lista de 20 livros ganhadores do Prêmio Pulitzer, separados em ficção e não ficção que foram traduzidos para o português no Brasil:

    1. O velho e o mar (Ernest Hemingway)

    Prêmio Pulitzer

    Contada em sua famosa prosa poderosa e minimalista, esta história de coragem e triunfo pessoal é até hoje uma das obras mais duradouras de Ernest Hemingway. O último romance de Ernest Hemingway publicado em vida, O velho e o mar se imortalizou na literatura norte-americana. + AMAZON | LEIA A RESENHA

    2. O sol é para todos (Harper Lee)

    O sol é para todos ganhou o Prêmio Pulitzer em 1961 e deu origem a um filme homônimo, vencedor do Oscar de melhor roteiro adaptado, em 1962. Lançado pela primeira vez em 1960, até hoje vende mais de um milhão de cópias por ano em língua inglesa. Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça. + AMAZON

    3. “A Cor Púrpura” de Alice Walker

    Prêmio Pulitzer

    Alguns dos personagens mais marcantes da literatura norte-americana recente estão neste livro. A cor púrpura, ambientado no Sul dos Estados Unidos, entre os anos 1900 e 1940, conta a história de Celie, mulher negra, pobre e semianalfabeta. Brutalizada desde a infância, a jovem foi estuprada pelo padrasto e forçada a se casar com Albert, um viúvo violento, pai de quatro filhos, que enxergava a esposa como uma serviçal e fazia dos sofrimentos físicos e morais sua rotina. + AMAZON | Conheça outros trabalhos da autora

    4. A casa redonda“, de Louise Erdrich

    Prêmio Pulitzer

    A casa redonda é um romance sensível, ao mesmo tempo uma história de mistério e arrependimento, que coloca Louise Erdrich entre as grandes narradoras da literatura norte-americana atual. + AMAZON

    5. “Olive Kitteridge, de Elizabeth Strout

    Prêmio Pulitzer

    O prazer de ler Olive Kitteridge vem de nossa identificação com personagens nem sempre admiráveis. Sem nenhum sentimentalismo, Elizabeth Strout nos mostra que tentar compreender as pessoas e se solidarizar com elas é sempre o melhor caminho. + AMAZON

    6. E o vento levou (Margaret Mitchell)

    E o vento levou, de Margaret Mitchell, traz a impressionante história da bela Scarlett O’Hara e de sua transformação de jovem impetuosa e mimada em mulher prática e disposta a tudo para conseguir o que deseja. Frustrada por não conseguir se casar com Ashley Wilkes, Scarlett acaba se envolvendo com o charmoso aventureiro Rhett Butler, com quem viverá uma das histórias de amor mais célebres e conturbadas da literatura. + AMAZON

    7. “A Estrada, de Cormac McCarthy

    A Estrada representa uma mudança surpreendente na ficção de Cormac McCarthy e talvez seja sua obra-prima. Mais que um relato apocalíptico, é uma comovente história sobre amadurecimento, esperança e sobre as profundas relações entre um pai e seu filho. + AMAZON | Conheça outra obra do autor: Meridiano de Sangue

    8. A visita cruel do tempo – Jennifer Egan

    Surpreendente, A visita cruel do tempo combina diferentes pontos de vista sobre histórias que se entrelaçam de maneiras inesperadas. Ao longo dos sabores e dissabores da vida dos personagens, Egan traça um interessante e envolvente panorama sobre crescimento, perda e ambição e sobre o que acontece entre o que esperamos de nossa vida e o que se torna realidade. + AMAZON

    9. O reformatório Nickel – Colson Whitehead

    Conforme o movimento pelos direitos civis alcança os negros de Frenchtown, na segregada Tallahassee, Elwood Curtis leva as palavras de Martin Luther King em seu coração: ele é “tão bom quanto qualquer outro”. Abandonado pelos pais, mas mantido na linha pela avó, Elwood está prestes a se matricular na faculdade para negros da região. Porém, para um garoto negro no Sul dos Estados Unidos no início dos anos 1960, um erro inocente é suficiente para destruir seu futuro. + AMAZON

    10. O Pintassilgo – Donna Tartt

    “Raymond Chandler é uma presença tão grande nessas páginas quanto Dickens ou Dostoiévski. Falar mais sobre a trama seria privar os leitores do imenso prazer de ser arrebatado por O pintassilgo. Se alguém perdeu o amor pelas histórias, este é o livro que certamente o trará de volta.” – The Guardian COMPRE NA AMAZON | Leia a resenha aqui

    11. O Simpatizante (Viet Thanh Nguyen)

    O simpatizante é um épico de amor e traição. O leitor acompanha um agente duplo comunista sem nome, que se infiltrou no exército sul-vietnamita e conseguiu se refugiar nos Estados Unidos depois da Queda de Saigon. Pessoa de confiança de um general que se recusa a admitir a derrota para os vietcongues, esse “homem de duas mentes” observa o esforço dos refugiados vietnamitas para sobreviver em uma melancólica Los Angeles enquanto secretamente reporta a seus superiores comunistas no Vietnã. + AMAZON

    12. As desventuras de Arthur Less (Andrew Swan Greer)

    Uma divertida sátira da vida no livro vencedor do Prêmio Pulitzer de ficção de 2018. Arthur Less é um escritor medíocre prestes a completar 50 anos. Certo dia, recebe um convite de casamento: o homem com quem teve um relacionamento não tão sério assim nos últimos nove anos está com data marcada para se casar. Ele não pode dizer que vai, pois seria estranho demais, e não pode dizer que não vai, já que seria o mesmo que admitir a derrota. Less pensa: “O que eu posso fazer para não estar na cidade na época do casamento?” Então, em sua mesa, vê vários convites para eventos literários menores no mundo inteiro. O que ele faz? Aceita todos! + AMAZON

    13. Middlesex –  Jeffrey Eugenides

    Sua narrativa percorre então três gerações da família greco-americana Stephanides, tendo como ponto de partida o começo do século XX, quando seus avós deixam um vilarejo nas encostas do Monte Olimpo para se instalar em Detroit, nos Estados Unidos. Em plena Lei Seca, a “Cidade dos Motores” experimenta seus dias de glória, até que eclodem os protestos da população negra, em julho de 1967, que obrigam a família a se mudar para Michigan. Nesta altura, Callie é uma menina de doze anos. + AMAZON | Leia a resenha

    14. The Underground Railroad: Os caminhos para a Liberdade

    prêmio Pulitzer

    “The Underground Railroad: Os Caminhos para a Liberdade” é uma narrativa envolvente que mergulha nas vidas entrelaçadas de Cora, uma jovem escravizada em uma plantação na Geórgia, e Caesar, um companheiro de sofrimento que a convida para uma jornada perigosa em busca da liberdade. Ambientado nos Estados Unidos do século XIX, onde a escravidão domina, o livro revela a existência de uma misteriosa rede clandestina de rotas e abrigos conhecida como a Ferrovia Subterrânea, que promete uma chance de escapar da opressão. + AMAZON

    15. A tradição (Jericho Brown)

    prêmio Pulitzer

    Vencedor do prêmio Pulitzer de poesia em 2020, A tradição, do norte-americano Jericho Brown, afirma o corpo como um lugar de encontro, resistência e celebração. Contra a rasura e o controle sobre os corpos gays e negros, Brown canta com ternura toda a beleza em sua força poética e política, escolhendo Eros como aquele que conduz os seus versos. Ao fundir formas líricas diversas, tais como o soneto, o gazel e o blues, o livro nomeia a casa, a mãe, a memória, a cama desfeita depois do amor, e, ao mesmo tempo, a rua, o medo e o risco de cruzar a cidade e se tornar alvo da polícia. + AMAZON

    16. Toda luz que não podemos ver (Anthony Doerr)

    Uma história arrebatadora contada de forma fascinante. Com incrível habilidade para combinar lirismo e uma observação atenta dos horrores da guerra, o premiado autor Anthony Doerr constrói, em Toda luz que não podemos ver, um tocante romance sobre o que há além do mundo visível. O livro ganhou o prêmio Pulitzer em 2015. + AMAZON | LEIA A RESENHA

    17. Amada (Toni Morisson)

    Sethe é uma ex-escrava que, após fugir da fazenda em que era mantida cativa com os filhos, foi refugiar-se na casa da sogra em Cincinatti. No caminho, ela dá à luz um bebê, a menina Denver, que vai acompanhá-la ao longo da história. A relação familiar, bem como os traumas do passado escravizado, transformarão a vida e o futuro de ambas de forma irreversível. Amada segue uma estrutura não-linear, viaja do presente ao passado, alterna pontos de vista e sonda cada uma das facetas desta história sombria e complexa. Considerado um clássico contemporâneo, este livro faz um retrato ao mesmo tempo lírico e cruel da condição do negro no fim do século XIX nos Estados Unidos. + AMAZON | Leia a resenha aqui

    18. Pastoral Americana (Philip Roth)

    No estilo impetuoso e desbocado de Philip Roth, Pastoral americana narra os esforços de Seymour Levov para manter de pé um paraíso feito de enganos. Filho de imigrantes judeus que deram duro para subir na vida, Seymour tenta em vão comunicar um legado moral à terceira geração da família Levov. Esmagado entre duas épocas que não se entendem e desejam destruir-se mutuamente, Seymour se apega até o fim a crenças que se mostram cada vez mais irreais. + AMAZON

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    19. As vinhas da ira (John Steibeck)

    Publicado em 1939, As vinhas da ira marcou o auge da carreira de John Steinbeck, vencedor do Nobel de Literatura, e se mantém como um documento social e um marco da literatura. Assim como o livro, o filme, que rendeu um Oscar ao diretor John Ford e foi protagonizado por Henry Fonda, tornou-se um clássico. + AMAZON

    20. A negação da morte – Ernest Becker – não ficção

    prêmio Pulitzer

    Ganhador do prêmio Pulitzer de 1974, A negação da morte é o resumo das principais correntes da psicanálise pós-freudiana. Ernest Becker, renomado Ph.D em antropologia, conseguiu unir a perspectiva psicológica a uma visão mítico-religiosa, em uma obra que mantém o vigor mais de 30 anos após a publicação. Becker faleceu dois meses antes da entrega do Pulitzer. + AMAZON

    21. A marcha da insensatez – Barbara W. Tuchman (não ficção)

    Em A marcha da insensatez , a historiadora Barbara W. Tuchman, duas vezes laureada com o Prêmio Pulitzer, aborda um dos maiores paradoxos humanos: a insistência dos governos em adotarem políticas contrárias aos próprios interesses. + AMAZON

    A Cultura Americana e as críticas ao Prêmio Pulitzer

    O Prêmio Pulitzer também desempenha um papel importante na preservação e promoção da cultura americana. As obras premiadas muitas vezes se tornam parte do cânone literário e são estudadas em escolas e universidades em todo o país. Da mesma forma, as reportagens premiadas lançam luz sobre questões importantes e muitas vezes desencadeiam mudanças significativas na sociedade.

    No entanto, o Prêmio Pulitzer não está isento de críticas. Alguns argumentam que o processo de seleção é tendencioso ou que certas categorias não recebem a devida atenção. Além disso, o prêmio pode ser percebido como elitista, privilegiando obras que são mais acessíveis aos gostos dos jurados.

    Apesar dessas críticas, o Prêmio Pulitzer continua a ser um dos mais prestigiados e cobiçados prêmios em seu campo. Ele continua a inspirar e reconhecer a excelência no jornalismo, na literatura e nas artes, celebrando aqueles que se dedicam a contar histórias importantes e a dar voz aos sem voz.

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