Editora aproveita a viralização dos personagens de Hilda Furacão no Tik Tok mundial e relança o romance de Roberto Drummond com nova capa, inspirada na minissérie da Globo.

    Enquanto o tórrido amor entre a prostituta Hilda Furacão e Frei Malthus vira fenômeno mundial no Tik Tok, a Geração Editorial – detentora dos direitos de todos os livros de Roberto Drummond, autor do livro que inspirou a minissérie da TV Globo – retoma a publicação dos 10 livros do autor mineiro, falecido em 2002. Hilda Furacão é o primeiro da série.

    Hilda Furacão

    “Hilda Furacão” passa-se em Belo Horizonte no início dos anos 60. Hilda, a Garota do Maiô Dourado, enfeitiçava os homens na beira da piscina em um dos mais tradicionais clubes, o Minas Tênis. Por algum motivo secreto muda-se para o quarto 304 do Maravilhoso Hotel, na zona boêmia da cidade. Transformada em Hilda Furacão, a musa erótica tira o sono da cidade. Sua vida de fada sexual cruza-se com os sonhos de três rapazes vindos do interior: um é inspirado no notório Frei Betto, que queria ser santo, mas se tornaria frade franciscano, líder político e escritor. Outro queria ser ator em Hollywood — torna-se dom Juan de aluguel. O terceiro, aquele que queria ter sua Sierra Maestra, é o próprio Roberto, narrador da história. Hilda Furacão é o desafio que o santo tem que enfrentar.

    Quando Hilda Furacão se transformou em minissérie na Globo

    Roberto Drummond transformou-se em bestseller instantâneo quando o romance foi transformado em minissérie de grande sucesso pela TV Globo, com Ana Paula Arósio no papel de Hilda. A série pode ser revista atualmente na Globoplay.

    De acordo com Luiz Fernando Emediato, editor da Geração e amigo de Roberto desde 1971 até a morte dele, “foi com este romance que Roberto Drummond encontrou a glória e a popularidade, desde que começara a persegui-las — em 1971, quando, já na idade madura, e desconhecido como escritor, ganhou o principal prêmio literário do país, o Concurso de Contos do Paraná. Eu tinha 19 anos, ganhei um prêmio menor no mesmo concurso e começou ali uma longa e atribulada amizade.”

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    Literatura pop!

    Roberto inventou uma tal de “literatura pop” e saiu em busca da fama com romances primorosamente escritos, originais, como ninguém ousava escrever naqueles tempos. Personagens reais, do mundo pop — de Kennedy a Andy Warhol, de Marilyn Monroe a Che Guevara — misturavam-se a imaginários, em histórias intrincadas que irritavam críticos conservadores e não iam — obsessão dele — para as listas de mais vendidos.

    Roberto escrevia e reescrevia estes romances compulsivamente, em várias versões, num processo doloroso e demorado, em busca da perfeição. Até que, sem saber direito como, escreveu Hilda Furacão de um jorro só, em poucas semanas. O narrador-personagem era ele mesmo, nos anos 60, um jornalista; os personagens eram em sua maioria reais, envolvidos na política da época.

    Hilda Furação: ela é real ou imaginária?

    Até hoje não se sabe se Hilda, vivida por Ana Paula Arósio na tela da Globo, era real ou imaginária. Quando de seu lançamento, em 1996, o romance foi apresentado mais ou menos assim: Hilda era o centro de uma narrativa envolvente, uma história de mistério que se passa na Belo Horizonte do início dos anos 60 — uma cidade que cheirava a jasmim e a bomba de gás lacrimogêneo, que a polícia jogava nos estudantes. Hilda Furacão é o desafio que o santo tem que enfrentar. O grande final, em meio a muitas surpresas, acontece no dia 1º de abril de 1964, com os tanques e os soldados ocupando as ruas de Belo Horizonte para depor João Goulart: é o fim do conto de fadas. 

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