Márcia Marques-Rambourg nasceu no Rio de Janeiro em 1976, hoje mora em Paris (França). Já escreveu 3 livros e agora lança pela Editora Oficina Raquel o livro de poesias “Como o pão que come em dias secos”.

    Os temas explorados pela escritora caminham no sentido de compreender o cotidiano por meio do amor, a família, o sexo, a perda, o alimento, etc. Os títulos das primeiras poesias, levam o leitor para um cotidiano, que brinca de se desfazer e refazer o contexto da vida:

    Já sem notas; já sem armas,
    Já sem verbo.
    O som é denso
    Quando já não se vê o vento que corre nas manhãs da cama
    Desfeita de desamor.

    (“Da liberdade sonora” p. 33)

    A frase que dá título ao livro aparece na poesia “Riso”, que desvenda os mistérios de ser mãe e a última frase também fala sobre o som, como o poema “Da liberdade sonora”: “Ter teus próprios pés velozes e famintos de som”. Outras poesias também brincam de se encontrar e reencontrar, como a poesia “Paris II”, que no início também usa lembranças de solidão e som.

    O livro é delicioso de ler, li duas vezes e adorei, por ser possível perceber certos detalhes na segunda leitura, como se cada poesia fosse desconhecida e ao mesmo tempo reveladora de algo mais. Acho que aí está um segredo de uma boa poesia: a possibilidade infinita de redescobrir novas sensações, sentimentos, cores, sons; “Porta”, “Nuvens”, “Almofadas” que são minhas poesias preferidas de Márcia Marques-Rambourg.

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