A primeira história, Prelúdios e Noturnos, conta de como o Sandman foi aprisionado e como ele fez pra se libertar e tentar arrumar a bagunça que ficou o mundo sem ele.

    Eu conheci o Neil Gaiman em Deuses Americanos. Eu tinha ido ao shopping. Eu estava com uma pitadinha de síndrome do Pânico, e na época eu não sabia que aquela coisa estranha era uma doença. Estava numa excursão da escola no shopping. No shopping tem uma FNAC que eu adoro. Foi lá que eu conheci o Gaiman. Sentei ali mesmo num corredor do shopping e li uma tantada do livro. Eu lembro que odiei o livro. Mas hoje eu adoro tanto que eu nem gosto de lembrar disso.

    Todo mundo que conhece Sandman, Gaiman, etc, vai me crucificar depois desse post. Eu só li o vol. 1 de quatro, e sei que tem mais coisas por vir. Então calma lá comigo. E eu me acalmo aqui. Eu achei Sandman um prelúdio pra Deuses Americanos. Mas não achem ruim, Deuses Americanos vai virar série da HBO, e deve fazer mais sucesso que Game of Thrones, se deus quiser.

    Esse volume gigante de Sandman que a Panini Vertigo publicou abrange duas histórias e pouco. O que eu quero dizer com histórias, são esses livrinhos, que até onde entendi é a história completa.

    A primeira história de Sandman

    A primeira história, Prelúdios e Noturnos, conta de como o Sandman foi aprisionado e como ele fez pra se libertar e tentar arrumar a bagunça que ficou o mundo sem ele. Voltando a fita. Sandman, caso você não saiba, mas eu acho que a maioria daqui sabe, é a HQ de uma antropomorfização dos sonhos, ou seja, um “deus” que governa um mundo fictício, que é o Sonhar… O lugar onde acontecem os sonhos. E como ele ficou cativo de uns bruxos, é de se entender que os sonhos das pessoas ficassem um bocado estranhos. Ele ficou preso durante uns setenta anos. Daí a gente consegue ver que deu tempo de muita coisa sair fora do lugar de onde ele é rei/deus.

    É nessa primeira história que aparecem uns personagens da DC, como o Dr. Destino, o inimigo do Quarteto Fantástico. Alguns outros heróis têm seus minutinhos de fama, em destaque, o pessoal da Liga da Justiça. Essa história eu não achei muito legal, porque eu tenho medo de falar que não gostei de algo do Neil Gaiman. Vai que acontece igual em Deuses Americanos. Mas eu senti uma uniformidade em tudo. Sandman precisa recuperar seu elmo: check. Sandman precisa recuperar sua pedrinha: check. Sandman precisa fazer isso: check. E por aí vai. Achei cansativo e monótono. Esperava mais.

    A segunda história

    A segunda história já foi melhor trabalhada. Aparece muita gente histérica e pitoresca, que é o que eu mais gosto no Gaiman (o que ele trabalha muito em Deuses Americanos e o motivo deu deixar de ler as últimas cem páginas do livro pra que ele nunca acabe até que saia o vol. 2 Sim, o próprio Gaiman disse que terá o dois), como por exemplo as duas vizinhas que são lésbicas/irmãs/mãe e filha/ou sei lá o quê, que sempre andam de véu no rosto e possuem a maior coleção de aranhas MORTAS em determinada região geográfica que me esqueci; e apenas uma delas conversa em público. Há uma arte delas numa das capas incríveis que eu postei. Deem uma olhada lá. Quem descobrir qual é ganha um livro.

    Cenas macabras

    No começo da primeira história/arco, há uma jovem que dorme durante 40 anos. E nesse tempo, alguém no hospital a engravida. A segunda história/arco vai tratar da neta desse jovem que dormiu por 40 anos. Na segunda parte há também uma convenção de plantadores de cereais em um hotel. Como aquele filme Convenção das Bruxas. Mas na verdade é uma reunião secreta de assassinos em série. Achei genial e macabro.

    Esse primeiro volume possui muitas cenas macabras: não sei seu grau de maldade, mas o meu ficou impressionado com muita coisa no livro.

    Há também certos capítulos que eu entendi “por enquanto avulsos”, e penso eu que serão introduzidos aos poucos nos outros volumes. Até eu conseguir dinheiro pra comprar mais Sandmans.

    Onde Comprar Sandman V.1 (Neil Gaiman): Amazon

    Leia também: O oceano no fim do caminho (Neil Gaiman)

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