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    Opinião

    Virginia Woolf em 1917, o ano da publicação do conto A Marca na Parede

    Francine RamosBy Francine Ramos184 Mins Read
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    O conto A marca na parede, publicado em 1917, foi a primeira impressão da editora Hogarth Press, comprada por Virginia e Leonard em 1915.

    Virginia Woolf nos deixou extensas anotações em diários, que começam em 1915 e terminam em 1941, ano de sua morte. Na primeira anotação, ela tinha 33 anos e ocorreu no mesmo ano em que foi lançado o seu primeiro romance, A Viagem. Porém, antes mesmo da publicação do romance, ela se arriscava em escrever contos e também já era conhecida como crítica literária. No caso, A Marca na parede, publicado em 1917, revela uma Virginia Woolf já interessada em quebrar paradigmas literários.

    a marca na parede
    Edição de 1919

    Em 1917 Virginia Woolf morava em Asheham House, que ficava próxima a Monk’s House. Era uma casa alugada, desde 1911. Ela gostava de passear pelo jardim e encontrar pequenas belezas naturais, como as flores, lagartas se transformando em borboletas e cogumelos.

    Está registrado, de forma breve, os encontros com as pessoas que ela tanto gostava, a sua irmã Vanessa Bell sempre presente em bons momentos, o grande amigo Lytton Strachey, o marido Leonard Woolf e Katherine Mansfield, também escritora, que, mais para frente, acabaram se desentendendo por ciúmes e inveja mútua.

    Piqueniques, longos passeios em pomares, jantares, idas à Londres, o Tinker (o cachorro dela), percepções sobre o tempo, o inverno, mas “uma linda noite estrelada, apensar de tudo.” (p. 54), que mistura a natureza com os sentimentos e as relações humanas, uma marca da obra woolfiana, discorre o ano de 1917, começando em agosto, com dias de trabalho na editora Hogarth Press, preocupações com Leonard Woof, que foi chamado para o serviço militar e uma certa ironia: “Demos um pequeno passeio junto ao rio. Como a noite está bonita e bastante serena talvez tenha um ataque aéreo para descrever amanhã. (…)” (p. 54)

    O ataque aéreo não aconteceu neste dia, mas em outros, porém, ela não registrou o momento com detalhes. Mas sobre A Marca na parede não há nenhuma informação exata, porém, há algumas reflexões interessantes sobre vida e literatura:

    “(…) ver a vida sem uma ilusão faz dela uma coisa horrível.”

    p. 64

    “Depois do chá a minha sala é, muito sugestivamente, um pequeno centro de luz no meio da mais profunda escuridão.”

    p. 65

    “Sabe, Clive [um amigo], descobri um pouco mais acerca do que é essencial a qualquer arte: sabe, a arte é representativa. Diz-se a palavra árvore e vê-se a árvore. Muito bem. Ora todas as palavras têm uma aura. A poesia combina as diversas auras numa sequência…” Foi mais ou menos assim. Eu disse que se pode, e é o que se faz realmente, escrever com frases, e não apenas com palavras; o que não fez avançar muito a discussão. O Roger perguntou-me se eu baseava a minha escrita numa textura ou numa estrutura; associei estrutura com enredo e portanto disse: “textura”. Depois discutimos o significado de estrutura e de textura na pintura e na literatura.”

    p. 67

    “(…) as luzes acesas da ponte desenhavam longas listas e amarelo – muito tranquilo, e como se fosse o coração do Inverno”

    p. 68

    O conto A marca na parede, publicado em 1917, foi a primeira impressão da editora Hogarth Press, comprada por Virginia e Leonard em 1915, período em que ela teve uma forte crise de depressão, que a fez abandonar o diário e só retomá-lo em 1917. A compra da editora colaborou muito no tratamento de Virginia Woolf, pois deixava-a ocupada e também em contato com outras pessoas.

    a marca na parede
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    No início do diário, Virginia Woolf faz breves registros, não ocupando mais que poucas linhas para apenas um dia, porém, no decorrer do ano, os dias passam a ser mais complexos, com importantes anotações sobre a sua vida social e também a literatura, de forma a nos mostrar que a depressão havia dado uma trégua e que ela voltava com toda a sua força e genialidade.


    Referência: Diário, vol. I, tradução de Maria José Jorge, Bertrand de Portugal, 1987.


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    1 comentário

    1. Avatar
      ELISABETH CARVALHO NASCIMENTO on fevereiro 7, 2017 2:17 am

      Olá Francine!
      Fiquei encantada com todas suas publicações sobre a genial Virgínia Woolf.
      Você já pensou em fazer um curso online, sobre a Obra de Virgínia Woolf?
      Muita gente gosta da VW, mas não encontra, um curso sobre essa grande escritora.
      Que tal, pensar nessa idéia?
      Meus parabéns e um grande abraço!
      ELISABETH

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