Memórias de uma Beatnik é um relato feminino da geração mais ousada, divertida que o Estados Unidos já teve: os beats. Diane di Prima relata a fundo como foi ser uma beat, viver onde o destino te leva e fazer o que tem vem à cabeça.

    Com a beleza que os autores da geração beat tem, Diane se diferencia por não poupar detalhes e descrições daquilo que muitas vezes só fica implícito: SEXO.

    Sexo em todo lugar, com todo mundo e a todo momento.

    “Ele levou algum tempo até parar de arfar e tremer, e nós dois flutuamos por instante em uma névoa de satisfação e paz que era muito parecida com um cochilo à luz do entardecer.”

    As aventuras de di Prima começam quando ela perde a virgindade e, logo nos primeiros capítulos, percebemos o que vai guiar toda a narrativa. Sua linguagem é como se fosse uma amiga contando todas a loucuras que já fez, e com quem fez e muitas vezes até fazendo perguntas e te fazendo listar, mentalmente ou não, qual a sua opinião sobre a situação. Disse mentalmente ou não porque em uma parte, falando sobre beijos, até temos um espaço para listar qual o nosso tipo de beijo preferido.

    Para quem é fã de geração beat, é lindo ver tudo isso pelos olhos tão sensíveis e diferentes que Diane tem. Percebemos que a escrita não foi feita de imediato como On the Road, por exemplo, mas foram realmente memórias muito antigas que trazem a discussão com o presente.

    A linha narrativa da historia me cativou muito. Usando meses ou estações do ano, meio que nos localizamos onde estamos e di Prima consegue fechar com chave de ouro todos esses casos sexuais e como sua história ali contada nos leva para uma nova aventura.

    Gosto de lembrar que literatura beat são fatos reais, escritos como romances. Durante a leitura me vem a cabeça “Caramba, isso REALMENTE aconteceu” e muitas vezes chega a arrepiar a coragem, ousadia de pessoas como Diane di Prima, que me conquistou e só me deixou com mais vontade de conhecer mais dessa Geração Beat feminina, querendo ler Carolyn Cassady em Off the Road (sem publicação em português) e mais Diane di Prima, que demorou tanto tempo para ser editada em português, mas chegou arrastando corações.

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