Carrie, a estranha, é o primeiro livro de Stephen King, escritor americano que nasceu em 1947. O livro, publicado em 1974, conta a história de uma garota solitária, com uma mãe louca, que sofre bullying na escola e possui a capacidade de mover objetos com a força da mente.

    Segundo os cientistas, no livro, o poder de Carrie chama-se Telecinética e que, por ser algo tão misterioso e difícil de compreender, faz de Carrie a própria vítima de seu interessante poder, que fica mais forte quando chega, enfim, com a descoberta da menstruação no banheiro da escola, para desespero de Carrie e deleite das outras alunas que encontram um novo motivo para humilhar a colega, que, aos 16 anos, achou que estava sangrando até a morte.

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    O fanatismo religioso

    Para a mãe de Carrie, uma fanática religiosa que acredita que o diabo mora dentre de sua filha, o poder dela nada mais é que um tipo de vingança divina, porque, quando se casou, não foi forte o suficiente e cometeu o pecado do sexo, gerando assim uma filha maligna e que por isso precisa rezar e pagar muitas penitências.

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    Então, o terror do livro fica por conta da relação familiar de Carrie e sua mãe. As duas, que moram sozinhas numa casa cheia de objetos religiosos, travam muitos embates sinistros por conta da loucura da mãe em acreditar que a filha é algo maligno. E Carrie, apenas uma garota assustada que mal sabe de seus poderes, que não consegue controla-los, acaba quebrando muitas coisas, não só na casa, mas por onde passa.

    É na escola, então, que acontece a grande história de Carrie. Ela, cansada das humilhações dos colegas, mas por outro lado, disposta a ser aceita na escola como uma garota normal, vai ao baile de formatura e até o último minuto acredita que enfim pode ter uma vida como a das outras garotas, porém, mais uma vez ela é agredida física e moralmente; mais uma vez ela é humilhada na frente de todos e então, diferente das outras vezes, Carrie se vinga.

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    Algo faltando…

    Quando o leitor se depara com algum livro de Stephen King, sabe que coisas sobrenaturais irão acontecer, que personagens interessantes irá encontrar e que, em muitos momentos, o mau vai estar descrito em ricos detalhes. Mas, em Carrie, talvez por se tratar do primeiro livro do autor (imaginemos aqui um Stephen King jovem e sem muitas experiências como escritor), é possível que a leitura termine com uma sensação de que algo ficou faltando. A personagem principal, tão interessante, poderia ser mais bem trabalhada, a sua descoberta da telecinética, por exemplo, poderia ser algo mais grandioso, com mais descrições e detalhes, como relatar a vida de Carrie com o pai (que também tinha os mesmo poderes).

    Mas, no conjunto, temos um bom livro, fácil de agradar jovens leitores e que deixa uma mensagem interessante e atual sobre bullying, sobre fanatismos, sobre o comportamento do jovem e também sobre responsabilidade social, da escola e da família.

    Assista ao vídeo do canal Livro&Café:

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    Imagem em destaque: Cena do filme Carrie, a estranha

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