J. R. R. Tolkien, um dos mais importantes escritores de fantasia, além de sua majestosa produção literária, também deixou registrados alguns ensaios sobre literatura fantástica. Esse é o tema do livro “Sobre Histórias de Fadas“, que, ao final, também possui um belo conto do autor chamado “Folha por Neagle”.

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    O mesmo livro, porém com outro título.

    Não só para quem deseja saber sobre os bastidores do pensamento de Tolkien sobre a sua própria literatura, bem como sobre a sua crítica para outros campos da área, é muito importante ler esse livro. Além, claro, do excelente texto, uma deliciosa aula de literatura que o professor deixou registrado para todo fã de literatura fantástica.

    As diversas partes do livro

    O livro está dividido em diversas partes, cada qual, trabalha em uma perspectiva para que seja possível compreender muito além das teorias sobre como surgiram os contos de fadas e chegar em ideias profundas sobre linguagem e cultura, um dos temas mais estudados por Tolkien.

    Assim, Histórias de fadas, segundo Tolkien, é aquela que “resvala ou usa o Belo Reino”. Esse Belo Reino seria um lugar quase indescritível, com finalidade de produzir a sátira, a aventura, a moralidade e a fantasia.

    O autor também procura esclarecer o que não é histórias de fadas, como os sonhos, as fábulas e histórias de viajantes. Para isso ele usa alguns exemplos de autores clássicos, ingleses e franceses.

    A origem dos contos de fadas – uma teoria

    Portanto, é interessante perceber como ele avança em seus pensamentos e, com certeza, a principal teoria abordada pelo autor é sobre a origem dos contos de fadas.

    Temos a ideia de que essas histórias foram contadas oralmente, o tempo foi passando e pessoas começaram a registrá-las. Mas para Tolkien, isso não resolve o problema, pois é necessário fazer certas perguntas sobre o surgimento do elemento fantástico: “Perguntar qual é a origem das histórias (não importa como estejam classificadas) é perguntar qual é a origem da linguagem e da mente”.

    Dessa forma, a partir do fato de termos a língua (os substantivos, adjetivos e todas as possibilidades que uma língua oferece) é possível criar o mundo fantástico, pois as histórias de fadas são fáceis de serem imaginadas quando abrimos os horizontes do uso das palavras.

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    Por exemplo: para nós é fácil imaginar: “bosques em folhas de prata”, “carneiros com pelagens de ouro”, e, portanto, o Belo Reino, o universo fantástico se revela, como se ele já estivesse escondido dentro da própria linguagem.

    Outras ideias sobre tudo que compõe a literatura fantástica: os caminhos do autor, quem, por fim é o leitor da literatura fantástica (crianças ou jovens?) e também alguns elementos sobre a estrutura dessas histórias se encontram nesse livro que ensina muito, na mesma proporção que causa um encantamento por conta do brilhantismo do autor.

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