O objetivo desse plano de aula é oferecer aos professores dos anos finais do Ensino Fundamental II uma oportunidade de introdução à literatura de Clarice Lispector, por meio do conto “Uma esperança”.

    Conhecimentos prévios:

    • Compreender os conceitos sobre contos psicológicos;
    • Conhecer um pouco sobre a vida e a obra de Clarice Lispector.

    Habilidades desenvolvidas:

    • Leitura e interpretação de texto;
    • Compreensão dos efeitos de sentido provocados por recursos linguísticos e multissemióticos.

    Onde encontrar o conto: 

    O conto está presente em diversas coletâneas da autora. Indico o livro “Todos os contos“, pois realmente vale a pena a leitura.

    Como Clarice Lispector é muito estudada em cursos superiores, neste link você tem acesso ao conto e também uma análise linguística sobre a obra.

    Plano de aula: Uma esperança (Clarice Lispector)

    Parte A – Conversa prévia e leitura

    • Converse com os alunos sobre o que é esperança e acolha os comentários. Neste momentos é importante valorizar as respostas mais subjetivas sobre o tema, pois isso ajudará na interpretação do conto.
    • Realize a leitura.
      • Se for possível ler presencialmente, cada aluno pode ler de forma individual e depois pode ser interessante fazer uma segunda leitura em conjunto, com cada um lendo um parágrafo em voz alta.
        • Aconselho a deixá-los a vontade neste momento, para que a leitura seja feita por aqueles que gostam de ler em voz alta.
        • Reforce a importância de ler “com emoção”; ou seja, atentando-se às pontuações que colaboram para o efeito de sentido.
      • Se a aula for à distância (ou como lição de casa)
        • O conto está disponível para leitura em diversos sites, como no Letrama. Envie o link para os alunos.
        • Para aqueles alunos que preferem ouvir, uma excelente opção é a leitura da atriz Araci Balabanian, disponível no You Tube:

    Parte B – Roda de conversa

    Após a leitura, é hora de acolher os comentários e verificar as relações que os alunos fizeram com o inseto chamado esperança e também com o sentimento.

    DICA: relacionar a esperança com o atual momento em que vivemos: a política, a pandemia, os caminhos individuais e coletivos de nossa sociedade. Há esperança?

    Parte C – Interpretação de texto

    Há muitos sites que oferecem atividades de interpretação de texto, porém, uma boa interpretação de texto parte das primeiras indagações dos alunos a respeito de um texto.

    Então, abaixo estão algumas sugestões de perguntas, mas que merecem uma seleção prévia e ajustes, pois o ideal sempre é fugir das tradicionais atividades de apenas ler perguntas e respondê-las sem reflexão.

    1. Porque a narradora esclarece logo no início do conto sobre qual esperança ela está falando?
    2. Há um trecho no terceiro parágrafo que comprova que a própria narradora havia pensado no sentimento. Qual é esse trecho? E por que ela fez essa relação?
    3. O menino, ao observar o inseto, diz coisas como: “ela só tem alma”, “ela é burrinha”, “parece que esperança não tem olhos”, “é guiada pelas antenas”, “ela se esqueceu de que pode voar”, “pensa que só pode andar devagar assim.” Como a mãe interpreta essas constatações do filho? DICA: é possível entregar um papel com essas frases para cada aluno e pedir a eles que a interpretem.
    4. No trecho “O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa esperança”. Que trocadilho poderia ter sido feito entre o inseto e o sentimento?

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