Hipátia foi uma filósofa e matemática grega que viveu em Alexandria, no Egito, no final do século IV e início do século V. Ela era conhecida por sua erudição e por suas contribuições para a filosofia, a astronomia e a matemática.

    Hipátia foi uma figura notável em sua época, uma vez que era uma das poucas mulheres que atuavam como intelectual em uma sociedade dominada pelos homens. Ela lecionava filosofia e matemática na Biblioteca de Alexandria e era reconhecida por sua habilidade em resolver problemas matemáticos complexos.

    Uma obra que não sobreviveu

    Embora nenhum dos escritos originais de Hipátia tenha sobrevivido, seu legado e influência na filosofia, matemática e astronomia continuam sendo objeto de estudo e apreciação nos dias de hoje.

    O conhecimento dos livros que Hipátia produziu e estudou em sua vida pode ser útil para entender a história da filosofia e da ciência, bem como para apreciar as contribuições das mulheres na academia e na sociedade.

    Além disso, a vida da filósofa e sua morte trágica são um lembrete da importância da liberdade de expressão, da tolerância religiosa e da igualdade de gênero em nossa sociedade. Seu assassinato brutal é uma lembrança do poder da intolerância e do fanatismo religioso, e nos lembra que a luta pela igualdade e justiça ainda é uma batalha contínua em nossa sociedade.

    Portanto, conhecer os livros e a vida de Hipátia pode nos ajudar a entender a história da filosofia e da ciência, bem como inspirar nossa luta por um mundo mais justo e igualitário.

    A morte de Hipátia

    Hipátia foi assassinada por uma multidão cristã em 415 d.C., em meio a tensões religiosas entre os cristãos e os pagãos em Alexandria. Ela é lembrada como uma das primeiras mulheres a se destacar na história da filosofia e da ciência, e sua morte trágica é vista como um símbolo da luta contra a opressão das mulheres e da intolerância religiosa.

    É um evento trágico e controverso na história antiga, e as razões exatas para o seu assassinato são debatidas até hoje. No entanto, a maioria dos relatos históricos sugere que a morte de Hipátia foi motivada por razões religiosas e políticas.

    Ilustração da morte de Hipátia, retirada de um livro do século XIX. Fonte

    Hipátia, a bruxa

    Na época em que Hipátia viveu, Alexandria estava dividida entre pagãos e cristãos, e a tensão religiosa estava em alta. Hipátia, sendo uma filósofa pagã bem conhecida, pode ter sido vista como uma ameaça pelos líderes cristãos e seus seguidores, que a acusaram de ser uma bruxa e de ensinar “heresias”. Além disso, ela tinha relações próximas com o governador romano Orestes, que era considerado por alguns cristãos como um aliado dos pagãos e inimigo da igreja.

    Em 415 d.C., uma multidão cristã liderada por um clérigo chamado Pedro, o leitor, atacou Hipátia enquanto ela se dirigia para sua escola. Eles a arrastaram para fora de sua carruagem, rasgaram suas roupas e a lincharam até a morte com conchas e pedras.

    A importância de Hipátia e suas ideias

    Infelizmente, não temos acesso direto às obras escritas por Hipátia, já que nenhum dos seus escritos originais sobreviveu até os dias de hoje. No entanto, a partir de relatos de seus contemporâneos e de outros estudiosos da época, podemos inferir algumas ideias que Hipátia pode ter defendido.

    1. Filósofa neoplatônica

    Hipátia era uma filósofa neoplatônica, o que significa que ela se baseava na filosofia de Platão e seus seguidores. Ela era conhecida por ensinar sobre a natureza divina do universo e a busca pela sabedoria e verdade. Ela pode ter enfatizado a importância da razão e da investigação empírica na busca pelo conhecimento.

    2. Matemática e astronomia

    Hipátia também era conhecida por seu conhecimento em matemática e astronomia. Ela pode ter enfatizado a importância da observação cuidadosa e da precisão na análise e interpretação dos dados. Além disso, ela pode ter defendido a ideia de que a matemática e a ciência eram importantes para a compreensão da natureza e do universo.

    3. Educação para as mulheres

    Como uma mulher em uma sociedade dominada pelos homens, Hipátia pode ter defendido a ideia da igualdade de gênero e da importância da educação para mulheres. Ela mesma era uma educadora e ensinava filosofia e matemática na Biblioteca de Alexandria. Ela pode ter acreditado que a educação e o conhecimento eram importantes para a igualdade e justiça em uma sociedade.

    4. A razão

    Embora não possamos ter certeza das ideias específicas que ela defendia, sua reputação como filósofa e matemática erudita sugere que ela provavelmente acreditava na importância da razão, da observação empírica e do conhecimento na busca da verdade e da sabedoria.

    Conheça abaixo 3 livros sobre Hipátia

    1. Hipátia de Alexandria: a Matemática, Astrônoma e Filósofa Lendária

    Hipátia

    Quantas são as mulheres reconhecidas pelos seus feitos ao longo da História? Com Hipátia de Alexandria, a série Meninas, moças e mulheres que inspiram ganha mais um capítulo. Dessa vez, iremos conhecer a vida da primeira matemática que há registros, e que foi também uma filósofa e astrônoma lendária. Mais que o amor pela ciência, Hipátia é também um exemplo de visibilidade e construção. + AMAZON

    2. Hipátia: A primeira matemática

    Hipátia

    Hipátia dedicou-se, como professora, a preservar o conhecimento do passado através de um tempo turbulento; então ela era muito mais que uma professora de geometria. Ela e o pai transmitiram esse conhecimento através dos alunos e da escrita. É através de seus textos e comentários que a obra de Euclides, Ptolomeu, Diofante e outros importantes pensadores chegaram até nós. Não é a carreira espetacular que os modernos criadores de mitos gostariam de reivindicar para Hipátia, mas dado seus tempos, seu sexo e suas oportunidades; é um legado muito importante. + AMAZON

    3. Hipatia: La Gran Maestra de Alejandría (livro ilustrado)

    Hipátia

    Edição em espanhol. SAIBA MAIS NA AMAZON

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