Quais os livros que fizeram os seus olhos brilharem neste penúltimo trimestre do ano?  Confira a lista dos melhores lançamentos do 3º trimestre/2018!

Julho

De espaços abandonados (Luisa Gleisler) | Cia das Letras

Maria Alice é introspectiva e míope; muito míope. Sua mãe, que sofria de distúrbio bipolar, desapareceu sem deixar pistas, e Maria Alice está disposta a viajar o mundo para reencontrá-la. Posts em um blog sobre espaços abandonados e exploração urbana a levam a Dublin, onde passa a viver com brasileiros que decidiram ganhar a vida no exterior, mas que perderam (ou ignoraram) o rumo. Em sua incerta busca, ela acaba seguindo o próprio desejo de se perder. Ao mesclar cartas, trechos de livros, manuais de escrita, depoimentos e arquivos perdidos em computadores, Luisa Geisler costura a vida de uma série de brasileiros autoexilados na Irlanda, em busca de um futuro melhor, ainda que não saibam o que procuram. + Amazon

Amada (Toni Morrison) | Cia das Letras

Livro mais conhecido da escritora americana Toni Morrison, prêmio Nobel de Literatura de 1993, Amadaganhou o Pulitzer de 1988 e em 2006 foi eleito pelo New York Times a obra de ficção mais importante dos últimos 25 anos nos Estados Unidos. Em 1998 recebeu uma adaptação cinematográfica – Bem-amada –, com Oprah Winfrey no papel principal.
Sethe é uma ex-escrava que, após fugir da fazenda em que era mantida cativa com os filhos, foi refugiar-se na casa da sogra em Cincinatti. No caminho, ela dá à luz um bebê, a menina Denver, que vai acompanhá-la ao longo da história. A relação familiar, bem como os traumas do passado escravizado, transformarão a vida e o futuro de ambas de forma irreversível. + Amazon

A um passo – Elvira Vigna | Cia das Letras

Considerada uma das maiores escritoras brasileiras contemporâneas, Elvira Vigna costumava declarar que A um passo era seu romance preferido. O livro fragmentado e bastante experimental foi publicado originalmente em 1990, com o título A um passo de Eldorado, e depois teve uma nova edição, com uma série de mudanças — inclusive o título —, em 2004. A obra é pouco conhecida e passou despercebida pela imprensa à época, razão pela qual Vigna dizia tê-la como favorita. + Amazon

Agosto

Coração Azedo (Jenny Zhang) | Cia das Letras

Nesta aclamada coleção de contos, Jenny Zhang constrói um retrato franco e subversivo da experiência de imigrantes asiáticas nos Estados Unidos. Eleito um dos melhores livros de 2017 por The New Yorker e The Guardian“Nunca vou esquecer a primeira vez que li Jenny Zhang… Fiquei chocada, comovida e, para ser honesta, com um pouco de inveja.” — Lena Dunham. “A versão de honestidade de Zhang vai além do senso comum, com passagens que irrompem num brilho ousado e surpreendente. Prepare-se.” — Miranda July, “Deixe de lado qualquer outra coisa que você esteja lendo — não há outro livro para ser visto agora.” — The Times. “Obsceno, lindo, pungente… A surpreendente coleção de contos de Jenny Zhang combina técnica engenhosa a uma franqueza emocional […] com frases únicas, que variam da beleza esmagadora à dor abjeta.” — The New Yorker + Amazon

A casa dourada (Salman Rushdie) | Cia das Letras

No dia da posse de Barack Obama, um bilionário enigmático chega do estrangeiro para se instalar em uma joia arquitetônica que fica na comunidade fechada do Greenwich Village. O bairro é uma bolha dentro da bolha de Manhattan, e a vizinhança logo fica intrigada com o excêntrico recém-chegado e sua família. Com seu nome inusitado, sotaque indecifrável e envolto em uma névoa de perigo… “Uma espécie de O grande Gatsby dos nossos tempos: todos estão implicados, ninguém é inocente e ninguém escapa ileso.” — Kirkus Reviews + Amazon

Maria Bonita — Sexo, violência e mulheres no cangaço | Cia das Letras

Nos anos em que viveu com Lampião e nos subsequentes à sua morte, despertou pouco interesse em pesquisadores ou jornalistas. E foi essa lacuna de informações sobre sua vida e a das outras jovens que viviam com o bando que contribuiu para que se criasse a fantasia de uma impetuosa guerreira, hábil amazona do sertão, uma Joana D’Arc da caatinga. Essa versão romântica e justiceira de Maria Bonita, rapidamente apropriada pela indústria cultural, tornou-se um produto de forte apelo comercial — e expandiu seus limites para além das fronteiras do sertão. Neste livro, Adriana Negreiros constrói a biografia mais completa até então daquela que é, sem dúvidas, a mulher mais importante do cangaço. + Amazon

Como se encontrar na escrita (Ana Holanda) | Rocco

Ana Holanda divide experiências pessoais sobre o ato de escrever e, ao final de cada capítulo, dá sugestões para o leitor exercitar a sensibilidade do olhar cotidiano. A escritora entrega uma narrativa pessoal e generosa, compartilhando não apenas possíveis orientações para alcançar uma voz própria, mas colocando a própria técnica em pratica, com textos para lá de afetuosos. A escritora defende acima de tudo que escrita não é técnica, mas uma ponte para alcançar e afetar o outro. Colocar a alma na escrita é o segredo. Despertá-la através deste convite é o que se conquista com a leitura agradável e rica de Como se encontrar na escrita. + Amazon

Oryx e Crake (Margaret Atwood) | Rocco

Nada de carros voadores ou raios verdes que desintegram pessoas e coisas. Em Oryx e Crake, Margaret Atwood retoma a ficção especulativa que a consagrou em O conto da Aia e cria uma distopia absolutamente original, um lugar onde a civilização e a linguagem – e tudo mais que seja próximo ao que conhecemos como humanidade – desapareceram quase completamente. Primeiro de uma trilogia que inclui O ano do Dilúvio e se encerra com Maddadão, Oryx e Crake consolida Margaret Atwood como um dos grandes nomes do gênero ficção científica, com histórias marcadas por questões éticas e morais sobre o futuro da humanidade. + Amazon

Todas as crônicas (Clarisse Lispector) | Rocco

Os textos publicados no Jornal do Brasil de 1967 a 1973 têm a marca da subjetividade. Logo em sua primeira colaboração dos sábados no “Caderno B”, a autora rompe a tradição da crônica corrida, ocupando a página com vários textos curtos. Um deles anotava: “Olhar-se no espelho e dizer-se deslumbrada: como sou misteriosa. Sou tão delicada e forte. E a curva dos lábios manteve a inocência. Não há homem ou mulher que por acaso não se tenha olhado ao espelho e se surpreendido consigo próprio.” Inaugurava-se ali uma nova da relação do escritor com a mídia impressa. + Amazon

Setembro

As últimas testemunhas | Cia das Letras

Neste livro doloroso e potente, a Nobel de literatura Svetlana Aleksiévitch reuniu os relatos francos de vários sobreviventes da Segunda Guerra que, quando crianças, testemunharam horrores que nenhum ser humano jamais deveria experimentar. A Segunda Guerra Mundial matou quase 13 milhões de crianças e, em 1945, apenas na Bielorrússia, havia cerca de 27 mil delas em orfanatos, resultado da devastação tremenda causada pelo conflito no país. Entre 1978 e 2004, a jornalista Svetlana Aleksiévitch entrevistou uma centena desses sobreviventes e, a partir de seus testemunhos, criou uma narrativa estupenda e brutal de uma das maiores tragédias da história… + Amazon

Uma coisa absolutamente fantástica | Cia das Letras

Enquanto volta para casa depois de trabalhar até de madrugada, a jovem April May esbarra numa escultura gigante. Impressionada com sua aparência — uma espécie de robô de três metros de altura —, April chama seu amigo Andy para gravar um vídeo sobre a aparição e postar no YouTube. No dia seguinte, a garota acorda e descobre que há esculturas idênticas em dezenas de cidades pelo mundo, sem que ninguém saiba como foram parar lá. Por ter sido o primeiro registro, o vídeo de April viraliza e ela se vê sob os holofotes da mídia mundial. + Amazon

A revolução dos bichos (quadrinhos) | Cia das Letras

A obra-prima de George Orwell adaptada para os quadrinhos. Clássico moderno, A revolução dos bichos ganha vida e movimento no traço do gaúcho Odyr. Ao narrar a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos, a obra mostra como o conflito os leva a uma tirania ainda mais opressiva que a dos humanos. Odyr passou os últimos anos envolvido numa empreitada desafiadora: transformar em quadrinhos um dos maiores clássicos da literatura mundial, A revolução dos bichos. Em tinta acrílica, fazendo com que cada página se tornasse uma verdadeira obra de arte… + Amazon

A menina da montanha (Tara Westover) | Rocco

Tara Westover tinha 17 anos quando pisou pela primeira vez numa escola. Criada nas montanhas de Idaho, nos Estados Unidos, ela cresceu preparada para enfrentar o fim do mundo. Sua casa era praticamente um abrigo antiaéreo com estoque de comida. Tara também nunca foi a um médico. A família vivia totalmente isolada da sociedade, sem ninguém para oferecer uma educação formal, ou para proteger a jovem dos ataques violentos de um irmão mais velho. Quando… + Amazon

Três amigas, no ritmo do blues (Edward Kelsey Moore) | Rocco

Depois de conduzir o leitor a uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos e acompanhar de perto a rotina e as agruras das inseparáveis Odette, Clarice e Barbara Jean em Três amigas, todos os domingos o músico de formação e escritor Edward Kelsey Morre está de volta com mais uma história de amor, família e perdão, no lançamento Três amigas, no ritmo do blues. As três velhas amigas Odette, Clarice e Barbara Jean, que atravessaram tantos bons e maus momentos juntas, se esforçam para superar o passado e viver o presente de forma plena, aprendendo a transformar dor em amor. + Amazon

Como as democracias morrem (por Steven Levitsky e Daniel Ziblatt)

Uma análise crua e perturbadora do fim das democracias em todo o mundo Democracias tradicionais entram em colapso? Essa é a questão que Steven Levitsky e Daniel Ziblatt – dois conceituados professores de Harvard – respondem ao discutir o modo como a eleição de Donald Trump se tornou possível. Para isso comparam o caso de Trump com exemplos históricos de rompimento da democracia nos últimos cem anos: da ascensão de Hitler e Mussolini nos anos 1930 à atual onda populista de extrema-direita na Europa; passando pelas ditaduras militares da América Latina dos anos 1970. + Amazon

Share.
Leave A Reply