Cazuza é apontado como um dos ícones da Música Popular Brasileira. Apesar de sua partida precoce há mais de 30 anos, suas canções continuam influenciando as novas gerações.

    Cazuza foi cantor, compositor e poeta e tem 230 obras musicais e 272 gravações. Suas obras musicais são as composições deixadas por ele, contendo letra e/ou melodia. Já as suas gravações são os registros que deixou de obras musicais que estão disponibilizadas ao público no formato digital, que podem ser ouvidas nas diferentes plataformas, ou no formato físico, como nos DVDs e CDs.

    “Codinome beija-flor” é a música de sua autoria que tem mais regravações cadastradas até o momento. Já “Exagerado” foi a sua canção mais tocada no Brasil nos últimos 10 anos nos principais segmentos de execução pública de música. Outra curiosidade sobre o artista é que seu parceiro Frejat, com quem integrou a banda de rock Barão Vermelho e compôs grandes sucessos, foi o intérprete que mais gravou suas músicas.

    Cazuza foi o nome artístico de Agenor de Miranda Araújo Neto, que nasceu no Rio de Janeiro, no dia 4 de abril de 1958, e nos deixou no dia 7 de julho de 1990, de choque séptico causado pela Aids. Seus direitos autorais de execução pública são garantidos pela lei federal 9.610/98, que determina que os herdeiros recebam os rendimentos por 70 anos após a morte do autor (ou do último autor, em caso de parcerias).

    É importante destacar também que ele recebe seus direitos autorais porque, além de continuar filiado à gestão coletiva da música no Brasil, os canais e espaços que utilizam músicas, como rádio, TV, cinema, estabelecimentos comerciais, plataformas digitais, casas de festas, shows e outros locais de frequência coletiva, pagam pelo licenciamento musical. Se não houvesse o pagamento dos direitos autorais, compositores e artistas não poderiam receber os valores por suas músicas.

    Conheça o ranking das músicas mais tocadas nos últimos 10 anos nos principais segmentos de execução pública (Rádio, Shows, Sonorização Ambiental, Música ao vivo, Casas de Festas e Diversão, Carnaval, Festa Junina):

    PosiçãoMúsicaComposição de Cazuza em parceria com
    1ExageradoEzequiel Neves / Leoni
    2MalandragemFrejat
    3Bete balançoFrejat
    4Codinome beija-florReinaldo Arias / Ezequiel Neves
    5Pro dia nascer felizFrejat
    6O tempo não paraArnaldo Brandão
    7Faz parte do meu showRenato Ladeira
    8Maior abandonadoFrejat
    9Preciso dizer que te amoBebel Gilberto / Dé Palmeira
    10IdeologiaFrejat

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    Confira as dicas de livros abaixo:

    Cazuza

    Cazuza – o tempo não para

    Cazuza morreu em julho de 1990. Três meses depois, amigos montaram um tributo no Rio chamado “Viva Cazuza – faça parte desse show”, cuja renda seria doada ao Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, referência em Aids naquela época. Quando Lucinha Araújo foi entregar o cheque, percebeu que sua atuação contra a doença não havia se encerrado com a morte do filho. Em “O tempo não para – Viva Cazuza”, ela conta como tomou a frente da ONG que dá suporte a crianças e adolescentes portadores do HIV e qual era seu sentimento logo que a doença se tornou epidemia. A obra reúne histórias das crianças atendidas pela Sociedade Viva Cazuza, questionamentos da autora e depoimentos de pessoas que cruzaram e deixaram impressões na vida do cantor. + AMAZON

    Cazuza

    Cazuza: segredos de liquidificador

    Mesmo passadas quase três décadas de sua morte, Cazuza continua sendo lembrado, cantado, lido, celebrado, homenageado e pensado. Expressões como “o tempo não para” e “o poeta está vivo” (e suas variantes, inclusive o trocadilho “Viva Cazuza”) vêm sendo frequentemente associadas a seu nome em títulos de espetáculos, eventos, filmes, reportagens e livros, em um contínuo trabalho de preservação de sua memória. Este livro é mais um gesto de se pensar Cazuza como o grande compositor que foi de canções (e, em especial, um grande letrista) da música popular brasileira, além de analisar sua obra pela força que a canção popular tem de retratar, questionar e reinventar a vida cotidiana. + AMAZON

    Fonte: ECAD

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