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    Diário de Leitura

    Contra os fascistas: nem a rosa, nem o cravo, de Jorge Amado

    Francine RamosBy Francine Ramos01783 Mins Read
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    Na literatura, alguns textos podem ser lidos isolados, como se fossem pequenas flores perdidas no asfalto chamado internet. Porém, a internet dá um sentido de pouca importância, muitas vezes, para essas belas flores encontradas sem querer, como o texto “Nem a rosa, nem o cravo“, de Jorge Amado. Escrito para um jornal em 1945, o texto surpreende por sua conexão com o presente, seu tom melancólico e ao mesmo tempo lúcido.

    nem a rosa nem o cravo
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    É claro que o texto chegou até mim de uma forma que nem sei mais. Pois lá estava todo o asfalto da internet e de repente…

    As frases perdem seu sentido, as palavras perdem sua significação costumeira, como dizer das árvores e das flores, dos teus olhos e do mar, das canoas e do cais, das borboletas nas árvores, quando as crianças são assassinadas friamente pelos nazistas? Como falar da gratuita beleza dos campos e das cidades, quando as bestas soltas no mundo ainda destroem os campos e as cidades?

    (…)

    Jamais as tardes seriam doces e jamais as madrugadas seriam de esperança. Jamais os livros diriam coisas belas, nunca mais seria escrito um verso de amor. Sobre toda a beleza do mundo, sobre a farinha e o pão, sobre a pura água da fonte e sobre o mar, sobre teus olhos também, se debruçaria a desonra que é o nazifascismo, se eles tivessem conseguido dominar o mundo. Não restaria nenhuma parcela de beleza, a mais mínima. Amanhã saberei de novo palavras doces e frases cariciosas. Hoje só sei palavras de ódio, palavras de morte. Não encontrarás um cravo ou uma rosa, uma flor na minha literatura. Mas encontrarás um punhal ou um fuzil, encontrarás uma arma contra os inimigos da beleza, contra aqueles que amam as trevas e a desgraça, a lama e os esgotos, contra esses restos de podridão que sonharam esmagar a poesia, o amor e a liberdade!

    Trecho de “Nem a rosa, nem o cravo”. Jorge Amado, em 1945 para o jornal “Folha da Manhã”.

    E nesse período em que vivemos e encontramos diariamente o fascismo em todas as suas formas, ler Jorge Amado e todas as grandes flores achadas nos asfaltos da vida não resolve nossos problemas, mas é como iluminar, mesmo que por poucos segundos, toda essa escuridão.

    Além de “Nem a rosa nem o cravo”:

    • Capitães da Areia (Jorge Amado)
    • Gabriela, Cravo e Canela (Jorge Amado)
    • Tieta do Agreste (Jorge Amado)
    • Para comprar na Amazon: Jorge Amado – Essencial

    Crítica social fascismo Jorge Amado Literatura Brasileira
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