Hoje, durante o almoço, pensei nos contos da Conceição Evaristo e devo afirmar, amei muito ler “Insubmissas lágrimas de mulheres“, porém, quando comecei a ler “Olhos d’água“, gostei apenas do primeiro conto, que dá nome ao livro.

    Na pequena e simples história, a narradora se pergunta: que cor é os olhos de minha mãe? e presenteia o leitor com lembranças lindas de sua infância, carregadas de compreensão, dor, mas também muita força.

    O segundo conto é sobre uma mulher que vive com um traficante de drogas, as suas dores e pequenas felicidades perante uma vida tão difícil. O conto é bom? Claro que é, mas depois de ler mais de quinze contos da autora, acredito que há uma repetição do tema um pouco excessiva.

    Sei que a boa literatura pode ser feita com um único tema, um pequeno gancho que abre outras possibilidades literárias que podem ser maravilhosas e ousadas. Mas no momento não vejo isso nesses novos contos que estou lendo. Há vários motivos, mas quero destacar dois: ou a repetição do tema e do estilo me cansou ou, mais uma vez, é a ressaca literária gritando em meus ouvidos.

    Há a ressaca da cerveja também.

    Ainda quero ler o romance da autora, Ponciá Vivêncio.

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