A atriz, educadora e escritora sorocabana Mariana Rossi, 33 anos, lança, em 12 de fevereiro, seu primeiro livro, Líquida. O trabalho reúne textos escritos pela autora nos últimos 10 anos, a partir de experiências cotidianas da vida de uma mulher que começou a escrever aos 11 para lidar com as próprias emoções. Adequado ao contexto pandêmico, o lançamento será virtual, com um vídeo produzido pela filmmaker Marina Hungria.

    Líquida é um convite a um mergulho. Em seu livro de estreia, a autora encontra intimidade com as palavras, em textos que buscam traduzir sensações diante da vida e do cotidiano, brincam com as regras da língua, com o espaço na página e nos conduzem a um buraco de Alice, onde puxadores de gaveta falam, formigas sussurram e aspiradores de pó nos salvam de nossos pensamentos.

    A jornada como escritora 

    Mariana começou a escrever ainda criança e, de lá para cá, publicou textos em blogs, revistas, contribuiu com dramaturgias teatrais nas quais também atuou, roteiros e alguns textos chegaram a virar música. Nos últimos dez anos, portanto, a investigação da escrita ganhou força, perpassando experiências do início da vida adulta, incluindo a construção de sua liberdade enquanto mulher, e é desta produção de si que nasce Líquida

    Junto a desenhos produzidos pela autora na mesma época, os textos foram ganhando forma de livro ao longo de 2020, a partir do encontro com o olhar sensível e o projeto gráfico da artista visual e escritora Eliete Della Viola e de contribuições do artista visual Thiago Goya. 

    A autora brinca: “eu me precipício”, diz em uma das 196 páginas de Líquida. Parece se multiplicar, se “orgasmificar”, se sentir intensamente viva. Mariana convida a seguir uma jornada por vezes delirante, a dela e a da pessoa que a lê. É fácil aceitar. Estamos todos na mesma piscina de “sensações ilegíveis”, buscando e elaborando a nós mesmos. 

    A publicação do livro é parte do projeto “eu-plural: criação de narrativas para o mundo”, contemplado pela Lei de Incentivo à Cultura da Prefeitura Municipal de Sorocaba (LINC), no Edital Secult 23/2019, que prevê ainda a realização de oficinas gratuitas de criação de narrativas autorais. Devido ao contexto pandêmico, as oficinas também ocorrerão virtualmente ainda neste primeiro semestre de 2021.

    Sobre a autora Mariana Rossi

    Mariana Rossi é atriz, educadora e escritora. Sua pesquisa com a palavra se ramifica entre diversas formas de expressão artística. Atuou como jornalista no ramo editorial, teve alguns de seus textos poéticos publicados em revistas digitais e foi colunista na revista Bianchini. Estreou como atriz e cocriadora de dramaturgias no Coletivo Cê, na peça Desmedida, premiada pela Cooperativa Paulista de Teatro, em 2013. É cofundadora da plataforma de pesquisa cênica Cunhãntã, onde também investiga performance. Atualmente, é pós-graduanda em Arte na Educação pela ECA/USP. Líquida é seu primeiro livro e foi contemplado pela LINC (Lei de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Sorocaba), em 2019.


    Foto de capa: Jeff/@caodenado

    Informações: Thiago Rizan/Assessoria de Imprensa


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