A disciplina do amor é um livro de Lygia Fagundes Telles que mistura memória e ficção, como se o leitor pudesse presenciar a construção imaginativa da autora, entrelaçando a realidade e a irrealidade em textos curtos.

    Ler uma escritora como Lygia Fagundes Telles é vivenciar toda a beleza da literatura em aspectos opostos, mas que se cruzam diante das surpresas que ela constrói em sua linguagem. Ao mesmo tempo, calma e feroz. Elegante e descontrolada. A literatura de Lygia F. Telles é, sem dúvidas, uma das maiores.

    A disciplina do amor é um livro de Lygia F. Telles que mistura memória e ficção, como se o leitor pudesse presenciar a construção imaginativa da autora, entrelaçando a realidade e a irrealidade em textos curtos. Em certos momentos, esses textos se conectam e trazem um sentido de continuidade. Cada linha é de uma beleza tão simples e impregnada de sentidos que deixar qualquer leitor encantado.

    A obra começa com a história de um gato, sobre como acontece a relação de amor com um gato. Depois mergulhamos nos espelhos para investigar a morte. Em certo momento, demônios se fazem presente e há uma investigação a respeito do tema. De repente, estamos diante de uma vivência sobre a loucura, sobre visitar o passado, sobre a infância. Há a televisão ligada passando notícias desse (ainda) Brasil incompreensível: louco, mágico, livre e aprisionador. A autora viaja para longe, investiga a si mesma e o mundo lá fora. E o leitor, encantado, mergulha nesse íntimo.

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    A curiosidade implantada com sutileza

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    O que levou Lygia Fagundes Telles a produzir o livro “A disciplina do amor”? É uma pergunta que o leitor fará ao longo das páginas e descobrirá a resposta em alguns textos, como no chamado “A História Fragmentada“, em que a autora explica sobre sua ideia em entrelaçar memória e ficção:

    “Comecei a escrever estes fragmentos: fiquei sendo a narradora que focaliza e me analisa mas sempre através de uma intermediária que seria o terceiro lado desse triângulo. Fica simples, somos três. Perfeito convívio entre nós porque a intermediária é discreta, tipo leva e traz mas sem interpretações.”

    p. 146/147 A disciplina do amor, Lygia F. Telles

    Outra curiosidade que se estabelece ao longo do livro é em relação ao título: por que “A disciplina do amor”? Com tantos temas variados e tantas abordagens sobre campos distante do que se imagina ser o amor, fica a pergunta, que pode ser respondida de diversas formas. Lygia fala sobre amor incondicional através da relação de um cachorro com o seu dono. E também fala sobre o amor possível entre um homem e uma mulher prostituta. Fica para o leitor um fragmento, uma ideia do que é tudo isso, atrelado ao ofício da escrita, às memórias e invenções de uma escritora que domina a arte da escrita com elegância, profundidade e vulnerabilidade.

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